quarta-feira, 21 de março de 2012

Navio de guerra













A decoração de armas e artefactos destinados à guerra confere à guerra um carácter mágico. Ritualiza o acto de matar.

Em certo momento da história, isto desaparece. Não sou antropóloga, por isso não sei a razão. Mas gostava de saber.

Ler por aí... em Março 2012

terça-feira, 20 de março de 2012

Cidades em movimento

Kiruna, uma cidade a ser transferida para outro local.
Uppsala, uma cidade que na idade média foi transferida para outro local.

Ler por aí... em Março 2012

O Vasa Museum, em Estocolmo, na Suécia

Vasa Museum fica em Estocolmo, e expõe o navio recuperado do fundo do mar, e muitos dos objectos que nele viajavam.

Pequeno animal

"Apresento-me: sou um pequeno animal que acabou de fazer uma longa viagem. Apareci aqui nesta cidade de Estocolmo acabado de chegar duma terra ainda mais ao Norte. Vim de Uppsala. Cheguei dentro dum cesto de vime transportado aos ombros do meu dono, alfaiate e tecelão, o senhor  Elvis, que me trouxe com ele. Com ele veio também a sua mulher Agnetta, porque ele, depois de ter pensado muito bem na sua vida, chegou à conclusão de que não seria capaz de viver sem nós, sem mim e sem ela, o que eu, pequeno animal, achei muito provável e natural."

Ler por aí... em Março 2012

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Intercâmbio

"Ao raiar da aurora, ensinei a Phanishwar as orações judias da manhã, e ele mostrou-me como começar o dia com os jainas. Começou por entoar a palavra nisibi, que queria dizer "abandono", disse, e que significava o entrarmos num espaço sagrado. Depois, fez-me rodar três vezes em torno do centro da cela, onde deveria estar a imagem em talha de Parsva a subir para o céu por uma serpente enrolada, se não lhe tivesse sido confiscada pelos soldados portugueses. Espargimos ambos água sobre o santo invisível. E então era chegada a altura de lhe oferecer arroz, doces e fruta.
 - Ai, e agora, que havemos de fazer? - gemeu Phanishwar. - Fico tão confuso aqui dentro que não me lembrei de guardar nada do meu jantar para ele."

Ler por aí... em Fevereiro 2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

De que é feita a memória?

" - De que pensas tu que é feita a memória? - perguntou o meu pai.
Vendo-lhe a húmida ternura no olhar baixo e a mão a tremer no meu ombro, percebi que a minha mãe lhe estava a acariciar os pensamentos. Já fora enterrada há mais de dois anos, e fazer ele esta pergunta tão adulta a um rapaz de sete anos dava bem a dimensão da dor que continuava a sentir.
 - Não sei, papá - respondi encolhendo os ombros, já que era demasiado novo para achar que me valia a pena arriscar uma conjectura. Mas, quando ele retirou a mão, o medo adejou as asas aos meus ouvidos. - Talvez seja feita de tudo o que já vi - apressei-me a acrescentar (...)"

Ler por aí... em Fevereiro 2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O mapa de Londres segundo Charles Dickens

Por aí... a merecer destaque:
No 200º aniversário de Charles Dickens, o The Guardian lança um tour que percorre os lugares dos livros do autor. O podcast pode ser descarregado para o telemóvel ou mp3, e usado como audio-guia, juntamente com um mapa, que também pode descarregar ou imprimir.

26 de Janeiro: ga[LER]ia: As Cidadãs, de Filomena Marona Beja

ga[LER]ia - Comunidade de Leituras
Um fim de tarde de leitura em comunidade, a propósito da Sugestão do mês.
Conversa e leituras do livro As Cidadãs, de Filomena Marona Beja, um livro que conta a história de Júlia, uma mulher da primeira república, envolvida na instrução de crianças e adultos da classe operária da zona oriental de Lisboa.














A GA[LER]!A será realizada mensalmente.
As sessões terão lugar às 18:30 no Espaço Bento Martins (edificio da Junta de Freguesia de Carnide, junto ao Centro Comercial Colombo), no Largo das Pimenteiras 6.

Entrada livre. Para participar, só tem de trazer um livro para trocar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sugestão de Janeiro 2012: As Cidadãs, de Filomena Marona Beja

Ler por aí... na Graça, Lisboa.


Júlia foi uma mulher da primeira república. Não somos informados de onde nasceu, apenas que foi em Lisboa. Reconhecemos, nascidos no mesmo ano que Júlia (que pertenceu à maioria que foi esquecida), quatro figuras que ficaram lembradas: D. Manuel II, António de Oliveira Salazar, o Cardeal Cerejeira, e Fernando Pessoa. Ao longo da narrativa, vão-nos sendo dadas notas do percurso destas figuras, sempre que o de Júlia neles tropeça.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Casas antigas

"Júlia criou-se numa casa espaçosa, de rés-do-chão e primeiro andar. Além de quartos, salas e cozinha, tinha quintal. E recantos que hoje ninguem lembra: o esconso dos baús, a carvoeira, o poial dos potes. Varandas para namorar. Sótão para as conspirações.
Houve casas assim, ao longo das ruas de Lisboa.
Acomodavam famílias de posses médias. Como a de Júlia."

Ler por aí... em Janeiro 2012

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sugestão de Abril 2011: Venenos de Deus, Remédios do Diabo, de Mia Couto.

Ler por aí... em Pemba, Moçambique.


Baseando-se em apenas uma referência espacial concreta, pode especular-se que esta história se passa numa aldeia - Vila Cacimba, aldeia imaginária - perto de Pemba (antiga) Porto Amélia, na costa Norte de Moçambique. É em Porto Amélia que o negro Bartolomeu Sozinho afirma, com orgulho, ter ingressado ao serviço da Companhia Colonial de Navegação.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Ler por aí...Gabriel García Márquez

Quem viajar para a Colômbia pode seguir a rota garciamarquiana, através do guia Las rutas de García Márquez, em Cartagena (Librería Nacional ou Librería Ábaco) ou em Barranquilla (Librería Nacional). Este guia é o resultado de duas escolas de Verão na Universidade Tecnológica de Bolívar.