"O vento, que é um pincha-no-crivo devasso e curioso, penetrou na camarata, bufou, deu um abanão. O estarim parecia deserto. Não senhor, alguem dormia meio encurvado, cabeça para fora no seu decúbito, que se agitou molemente. Volveu a soprar. Buliu-lhe a veste, deu mesmo um estalido em sua tela semi-rígida e imobilizou-se. Outro sopro. Desta vez, o pinhão, como um pretinho da Guiné de tanga a esvoaçar, liberou-se da cela e pulou no espaço. Que pára-quedista!"
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Ler por aí... em Janeiro 2013:
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
O tempo ao contrário
"(...) e um relógio-surpresa com a numeração invertida. Sentou-se. Ninguem além dela e do empregado. E o relógio. O relógio era uma perversidade, Alexandra não tirava os olhos dele. A hora 12 ao alto, como em todos os outros, mas a seguir, no lugar do 1, a 11ª hora, e sempre a avançar (ou antes, a descer) a10ª, a 9ª, a 8ª, o tempo invertido. Porquê aquele capricho? Alexandra pensou num relógio reflectido, um relógio ao espelho."
Ler por aí... em Dezembro 2012
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domingo, 2 de dezembro de 2012
3 coisas
A cama
de Alexandra Alpha tem “as três coisas melhores que há no mundo (...) o whisky
antes e o cigarro depois.”
Ler por aí... em Dezembro 2012
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sábado, 1 de dezembro de 2012
Papéis de Alexandra Alpha
"Alexandra Alpha faleceu a 14 de Novembro de 1976. além duma comunicação sobre Identité Sociale et Marketing, publicada nas actas do II Simpósio Internacional de Publicidade, Lausanne, 1970, deixou um esboço de tradução do Journal of a Voyage to Lisbon, de Fielding, alguns breves apontamentos de leitura e várias notas pessoais gravadas em fita magnética. Desse conjunto, vulgarmente designado por "Papéis de Alexandra Alpha", que se encontra actualmente nos arquivos do 10º cartório notarial de Beja, transcreveu o autor algumas referências incluídas neste romance e disso deixa público reconhecimento al legal depositário.
JCP
Lisboa, fevereiro 1987"
JCP
Lisboa, fevereiro 1987"
domingo, 29 de julho de 2012
Torino cittá
Turim, na base dos Alpes e atravessada pelo rio Pó,
é uma cidade dominada pela indústria automóvel. Com uma herança francesa, por
via da Casa de Sabóia, em Turim começou o Risorgimento italiano, e foi a primeira
capital da Itália unificada. Actualmente, tem a mais relevante universidade
italiana e é um centro de criação artística e cultural contemporânea. Boa
cidade também para evasões gastronómicas, fundem-se influências do sul e do
norte na reconfortante cozinha piemontesa. Basta dizer que aqui nasceu o
Movimento Slow Food.
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sábado, 28 de julho de 2012
Mamma mia! Paolo Giordano
Paolo Giordano é doutorado em física de partículas pela Universidade de Turim. A Solidão dos Números Primos resultou de um período de pausa na sua investigação, em que sentiu necessidade de se afastar do universo da física e mergulhar numa actividade de criação. Felizmente para nós. A Solidão dos Números Primos ganhou diversos prémios, dos quais o mais importante foi o Prémio Strega. O filme com o mesmo título foi realizado pelo italiano Saverio Costanzo. Paolo Giordano tem vários contos publicados na imprensa literária e genérica.
Ler por aí... em Julho 2012
Turim
A cidade de Turim é o lugar geográfico em que as duas linhas se cruzam mais vezes nesta história. Não são identificados lugares concretos. Um dos lugares chave do enredo é um parque. No filme, as cenas passadas nesse parque foram filmadas no Parco del Valentino, um jardim onde é fácil encontrar uma boa posição de leitura.
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quarta-feira, 25 de julho de 2012
Escola de esqui
Alice Della Rocca odiava a escola de esqui. Odiava despertar
às sete e meia da manhã também nas férias de Natal e odiava o pai que a fitava
ao pequeno-almoço enquanto por baixo da mesa fazia dançar a perna nervosamente,
como que a dizer despacha-te. Odiava as meias-calças de lã que lhe picavam as
pernas, as luvas que não lhe deixavam mexer os dedos, o capacete que lhe
esmagava as faces e premia com o ferro no queixo e, depois, aquelas botas,
sempre demasiado apertadas, que a faziam caminhar como um gorila.
- Então, bebes o
leite ou não? – insistiu, de novo, o pai.
Alice emborcou três dedos de leite a ferver, que lhe
queimou primeiro a língua, depois o esófago e o estômago.
- Muito bem. Hoje
vais mostrar quem és – disse-lhe.
E eu sou quem, pensou ela.
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Números primos
O que caracteriza os números primos é serem apenas
divisíveis por si próprios e pela unidade. Um número primo não tem divisores,
vale por si. Nenhum outro faz parte da sua composição.
Alice e Mattia são dois números primos, sem
divisores em comum. Caminham na vida, cada um por si. Os seus caminhos
cruzam-se a dado momento, e prosseguem cada um no seu trajecto independente, para se voltarem
a cruzar mais à frente, e regressarem de novo à sua caminhada solitária e divergente.
Os números primos são números naturais.
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quinta-feira, 19 de abril de 2012
Ler por aí... na Suécia: O Gato de Uppsala, de Cristina Carvalho
Os animais têm faculdades ainda inexplicáveis pela racionalidade. Os gatos, em particular, são seres misteriosos, que desde os tempos mais antigos estão associados a superstições e rituais sagrados. Este gato percebeu (na falta de melhor palavra) que os donos não podiam embarcar no grande navio Vasa. Não se sabe com que sentido o percebeu. Mas conseguiu salvá-los do naufrágio.
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quarta-feira, 21 de março de 2012
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