quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ler por aí... em Fevereiro 2013

"O vento, que é um pincha-no-crivo devasso e curioso, penetrou na camarata, bufou, deu um abanão. O estarim parecia deserto. Não senhor, alguem dormia meio encurvado, cabeça para fora no seu decúbito, que se agitou molemente. Volveu a soprar. Buliu-lhe a veste, deu mesmo um estalido em sua tela semi-rígida e imobilizou-se. Outro sopro. Desta vez, o pinhão, como um pretinho da Guiné de tanga a esvoaçar, liberou-se da cela e pulou no espaço. Que pára-quedista!"

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Ler por aí... em Janeiro 2013:


O espaço de Patriotas é Angola em guerra com ela própria. Após a descolonização, facções opostas - MPLA e UNITA - lutam pelo poder e espalham morte e destruição pelo território que ambas dizem amar.

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O tempo ao contrário

"(...) e um relógio-surpresa com a numeração invertida. Sentou-se. Ninguem além dela e do empregado. E o relógio. O relógio era uma perversidade, Alexandra não tirava os olhos dele. A hora 12 ao alto, como em todos os outros, mas a seguir, no lugar do 1, a 11ª hora, e sempre a avançar (ou antes, a descer) a10ª, a 9ª, a 8ª, o tempo invertido. Porquê aquele capricho? Alexandra pensou num relógio reflectido, um relógio ao espelho."

Ler por aí... em Dezembro 2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

3 coisas

A cama de Alexandra Alpha tem “as três coisas melhores que há no mundo (...) o whisky antes e o cigarro depois.” 

Ler por aí... em Dezembro 2012

sábado, 1 de dezembro de 2012

Papéis de Alexandra Alpha

"Alexandra Alpha faleceu a 14 de Novembro de 1976. além duma comunicação sobre Identité Sociale et Marketing, publicada nas actas do II Simpósio Internacional de Publicidade, Lausanne, 1970, deixou um esboço de tradução do Journal of a Voyage to Lisbon, de Fielding, alguns breves apontamentos de leitura e várias notas pessoais gravadas em fita magnética. Desse conjunto, vulgarmente designado por "Papéis de Alexandra Alpha", que se encontra actualmente nos arquivos do 10º cartório notarial de Beja, transcreveu o autor algumas referências incluídas neste romance e disso deixa público reconhecimento al legal depositário.
JCP
Lisboa, fevereiro 1987"

domingo, 29 de julho de 2012

Torino cittá



Turim, na base dos Alpes e atravessada pelo rio Pó, é uma cidade dominada pela indústria automóvel. Com uma herança francesa, por via da Casa de Sabóia, em Turim começou o Risorgimento italiano, e foi a primeira capital da Itália unificada. Actualmente, tem a mais relevante universidade italiana e é um centro de criação artística e cultural contemporânea. Boa cidade também para evasões gastronómicas, fundem-se influências do sul e do norte na reconfortante cozinha piemontesa. Basta dizer que aqui nasceu o Movimento Slow Food.

Ler por aí... em Julho 2012

sábado, 28 de julho de 2012

Mamma mia! Paolo Giordano


Paolo Giordano é doutorado em física de partículas pela Universidade de Turim. A Solidão dos Números Primos resultou de um período de pausa na sua investigação, em que sentiu necessidade de se afastar do universo da física e mergulhar numa actividade de criação. Felizmente para nós. A Solidão dos Números Primos ganhou diversos prémios, dos quais o mais importante foi o Prémio Strega. O filme com o mesmo título foi realizado pelo italiano Saverio Costanzo. Paolo Giordano tem vários contos publicados na imprensa literária e genérica.


Ler por aí... em Julho 2012

Turim



A cidade de Turim é o lugar geográfico em que as duas linhas se cruzam mais vezes nesta história. Não são identificados lugares concretos. Um dos lugares chave do enredo é um parque. No filme, as cenas passadas nesse parque foram filmadas no Parco del Valentino, um jardim onde é fácil encontrar uma boa posição de leitura.

Ler por aí... em Julho 2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Escola de esqui


Alice Della Rocca odiava a escola de esqui. Odiava despertar às sete e meia da manhã também nas férias de Natal e odiava o pai que a fitava ao pequeno-almoço enquanto por baixo da mesa fazia dançar a perna nervosamente, como que a dizer despacha-te. Odiava as meias-calças de lã que lhe picavam as pernas, as luvas que não lhe deixavam mexer os dedos, o capacete que lhe esmagava as faces e premia com o ferro no queixo e, depois, aquelas botas, sempre demasiado apertadas, que a faziam caminhar como um gorila.
 - Então, bebes o leite ou não? – insistiu, de novo, o pai.
Alice emborcou três dedos de leite a ferver, que lhe queimou primeiro a língua, depois o esófago e o estômago.
 - Muito bem. Hoje vais mostrar quem és – disse-lhe.
E eu sou quem, pensou ela.

Ler por aí... em Julho 2012

Números primos


O que caracteriza os números primos é serem apenas divisíveis por si próprios e pela unidade. Um número primo não tem divisores, vale por si. Nenhum outro faz parte da sua composição.

Alice e Mattia são dois números primos, sem divisores em comum. Caminham na vida, cada um por si. Os seus caminhos cruzam-se a dado momento, e prosseguem cada um no seu trajecto independente, para se voltarem a cruzar mais à frente, e regressarem de novo à sua caminhada solitária e divergente.
Os números primos são números naturais.

Ler por aí... em Julho 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ler por aí... na Suécia: O Gato de Uppsala, de Cristina Carvalho

Os animais têm faculdades ainda inexplicáveis pela racionalidade. Os gatos, em particular, são seres misteriosos, que desde os tempos mais antigos estão associados a superstições e rituais sagrados. Este gato percebeu (na falta de melhor palavra) que os donos não podiam embarcar no grande navio Vasa. Não se sabe com que sentido o percebeu. Mas conseguiu salvá-los do naufrágio.
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